Gasolina se aproxima dos R$ 4 em Aracaju

O consumidor deve sentir um novo aumento no preço da gasolina em Sergipe, a partir desta sexta-feira (15). O preço do litro tem aumentado, sucessivamente, a cada semana, mas de forma pequena, só que este aumento pode ser maior por conta do começo da incidência das novas alíquotas de ICMS que começaram a valer em 1º de janeiro. O combustível sofreu aumento de 27% para 29%.

Uma pesquisa realizada em 21 bairros de Aracaju, pelo Procon Municipal, aponta que o preço mais caro da gasolina aditivada foi encontrado no Jardins com o valor que beira aos quatro reais, de R$ 3,99.

Os dados, atualizados do último dia 12, revelam ainda que o local mais barato para adquirir o combustível com aditivo fica em um posto localizado no bairro Pereira Lobo, com R$ 3,62 o litro, em seguida, Luzia com R$ 3,64. As demais localidades variam em torno de R$ 3,80. Já o consumidor que procura a gasolina comum vai pagar mais caro no bairro Atalaia, que está em R$ 3,84. No bairro Pereira Lobo foi encontrado o mais barato, em R$ 3,67. Os demais postos estão em torno de R$ 3,70.

Pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) o preço no município de Itabaiana, pesquisado em oito postos, está no máximo R$ 3,59 – preço médio R$ 3,58. Em Lagarto o valor mais caro é de R$ 3,73 – preço médio R$ 3,64. Na cidade de Nossa Senhora de Socorro o maior valor é de R$ 3,79 – preço médio 3,78. Os dados são atualizados de 03 a 09 de janeiro.

Mas a situação não é só ruim para o consumidor, os empresários do ramo garantem que já sentem os prejuízos e estão se virando como podem para lidar com a carga tributária que não para de crescer. O representante do setor, Mozart Augusto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese), aponta que tem perdido clientes.

“O usuário da gasolina está tentando cada vez rodar menos. Os preços no Brasil estão subindo demais, a alta da inflação está aí de volta, tem subido energia, produtos alimentícios e também o combustível. A gente, como empresário, tem sentido muito a queda na venda”, lamenta. A preocupação é a possibilidade dos aumentos exorbitantes que ocorreram no ano passado se repetirem este ano. “Tudo o que a gente deixa de vender, a gente deixa de ganhar”, diz.

O setor tem livre concorrência, ou seja, não há preço tabelado. Para o empresário, a alta de preço não é boa para ninguém. “Os preços praticados no Estado de Sergipe estão dentro da média nacional, de R$ 3,60 o litro, o que está no site da ANP”, resume Augusto.

Fonte: Fernanda Araujo/F5 News. Foto: arquivo F5 News.